Quando o advogado G. J. Utterson ouve, através de um amigo, uma história muito intrigante sobre um sujeito chamado Hyde, ele inicia uma investigação para entender o caso e conhecer o sujeito. Acontece que o advogado recebeu, há pouco tempo, o testamento de um grande amigo (médico rico e influente na cidade) em que o nome de Hyde era citado e agraciado com todos os bens. A questão intriga o advogado, já que, esse homem, provavelmente violento e muito estranho, que até então era desconhecido, vai herdar tudo o que foi do Dr Jekyll sem nenhuma ligação que explique.

O livro, uma novela gótica (diz-se novela de livros que não sejam tão pequenos para serem contos e nem tão grandes para serem romances), publicada originalmente em 1886, revela seu conteúdo de terror e prende fortemente a curiosidade do leitor nos desdobramentos. Enquanto o Dr Utterson realiza sua investigação, os personagens se revelam e nuances, inesperadas, aparecem.

Como todo clássico, o livro não só marca uma época, mas carrega até os dias atuais questionamentos que são presentes e intrigantes. A disputa entre bem e mal, provavelmente é a mais forte durante o texto. Mas questões como ética, medo, desejos e até regras de socialização aparecem a todo tempo durante a leitura.

Caminhando para o final, conseguimos entender tudo o que aconteceu e como aconteceu. Certamente um desfecho chocante e inesperado, talvez por todos os que já leram. Pessoalmente, o que ficou marcado em mim, foi o questionamento sobre o que somos quando nutrimos ou escondemos partes e desejos do nosso ser.

Para entender toda essa história, leia o Médico e o Monstro, garanto que apesar de ser um livro curto, é um livro e tanto!