Você provavelmente já ouviu alguém dizer: “isso é muito Poliana”; ou até, recentemente já assistiu a novela brasileira baseada nesse clássico infantojuvenil. Esse é o convite para que você se entregue nessa leitura!

Poliana, a personagem principal do livro, é adotada por sua tia após ficar órfã. A história entre uma tia rancorosa e uma sobrinha extremamente doce e gentil é cheia de altos e baixos. Esperançosa e otimista, a menina sempre procura o lado bom das coisas, não importando a situação. Em seus encontros com os vizinhos, Poliana acaba conquistando a simpatia de toda a cidade com tanto carisma. Acontece que ela tem uma fórmula: o jogo do contente.

Uma leitura rápida, fluida e muito gostosa. O livro, originalmente publicado em 1913 em inglês, fez tanto sucesso na época, que em 1915 a autora, Eleanor H Porter, publicou a continuação, intitulada “Poliana moça”.

É provavelmente a forma que Poliana vê o mundo que fez do livro um clássico. E dentre os leitores, há quem a veja com leveza e carregue seu exemplo para a vida, e quem desconfie e use o “visão de poliana” para identificar um exagero. De fato, a leitura, como em qualquer livro, vai ter significados de acordo com nossas vivências e experiências no mundo. Então, “ser poliana” pode ser mesmo um exagero, e talvez o ponto chave seja considerar que ela é uma criança, e que crianças carregam vivências muito diferentes de pessoas adultas.

Faça também o exercício de ver como Poliana, e tire as suas conclusões. Depois veja o que pode entrar no seu dia a dia e como os contextos afetam nossas percepções. Trazer livros para nossa realidade é um exercício de atenção, memória e percepção. Garanto que ler pode ser muito divertido!