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Engenharia Química na UFSJ-CAP: Formação Acadêmica, Pesquisas Inovadoras e Experiências Empresariais


Publicado em 05/08/2024, por Erica Machado.

Neste texto será abordado o curso de Engenharia Química da Universidade Federal de São João del Rei - Campus Alto Paraopeba (CAP), juntamente com alguns dos projetos desenvolvidos por pesquisadores do curso e que contribuem para o crescimento da formação acadêmica e para o preparo deste profissional para o mercado de trabalho.

A Engenharia Química é um campo multidisciplinar que se dedica aos processos químicos de transformação de matérias primas em produtos úteis. Envolve desde a pesquisa e desenvolvimento de novos processos até o projeto, construção e operação de instalações industriais. Avaliam a viabilidade técnica e econômica destas indústrias, gerenciam sua construção e as operações, e realizam ajustes para melhorar o desempenho ou adaptá-las às necessidades da produção. Esta engenharia abrange desde as análises químicas até a gestão de grandes instalações, com foco na eficiência, segurança e impacto ambiental dos processos. 

Dentre os projetos ofertados aos estudantes de Engenharia Química do Campus Alto Paraopeba da UFSJ existe a Equip Consultoria, que é a empresa júnior deste curso. Esta promove uma verdadeira vivência empresarial, formando protagonistas preparados para fazer a diferença em seus respectivos setores. Ademais, a empresa júnior é uma instituição sem fins lucrativos, composta exclusivamente por estudantes e vinculada a uma instituição de ensino superior, cujo objetivo é proporcionar aos integrantes uma experiência prática, permitindo aplicar o conhecimento adquirido em sala de aula nos projetos que são desenvolvidos para clientes reais. 

Além disso, existem as iniciações científicas em que alunos podem se inscrever e realizar pesquisas sobre um determinado assunto. Um exemplo deste tipo de projeto é o estudo do desenvolvimento de biopolímeros ou biofilmes, voltados para aplicações biomédicas. Para facilitar o entendimento dos polímeros, será feita uma comparação com peças de lego, desse modo, um polímero é como uma corrente feita de muitos elos pequenos chamados monômeros. Imagine que cada monômero é uma peça de lego, e quando você junta muitas peças, forma uma estrutura grande e complexa. Dessa forma, os polímeros, em sua maioria, são biodegradáveis, o que os tornam mais atrativos do que os materiais tradicionais, os quais apresentam problemas de decomposição, quando implantados por longos períodos de tempo. 

Na iniciação científica citada acima, o objetivo principal é criar um tipo de filme especial, chamado biofilme bioativo, usando alginato (uma substância natural encontrada em algas) combinado com mentol (que tem propriedades antibacterianas e antimicrobianas). Este filme pode ser usado como uma membrana temporária para ajudar na cicatrização de problemas na pele, como queimaduras e feridas, substituindo os materiais sintéticos que usamos hoje. A ideia é fazer tudo de forma sustentável, usando materiais baratos e fáceis de encontrar, como o alginato e o mentol, que vêm de fontes naturais renováveis. Esse biofilme não só é bom para o meio ambiente, mas também tem um grande potencial para uso na área médica, que é muito importante.

Outra área de pesquisa em que um graduando de engenharia química pode se envolver, também, a partir do uso de biopolímeros, é o desenvolvimento de uma embalagem alimentícia que apresenta bioatividade e capacidade de indicar mudanças de pH empregando-se biofilme de alginato ativado com betalaínas, que é um corante orgânico natural obtido a partir da beterraba. Nesta pesquisa, os biopolímeros estão sendo utilizados como uma espécie de plástico que vem de fontes naturais, como plantas, em vez de petróleo. Este estudo é extremamente atual e relevante para a sociedade, trazendo benefícios tanto para a conservação dos alimentos quanto para a saúde e segurança dos consumidores.

Em conclusão, o curso de engenharia química na UFSJ - Campus Alto Paraopeba, oferece uma gama de oportunidades para os alunos se envolverem em projetos inovadores e relevantes. Desde a formação prática, oferecida pela empresa júnior, até as pesquisas científicas que trazem potenciais de inovação na produção de materiais que auxiliam a construir um mundo mais sustentável. Com isso, os estudantes têm a possibilidade de aplicar seus conhecimentos em situações reais, contribuindo para avanços significativos no campo da engenharia química. Os projetos mencionados não apenas demonstram o compromisso da instituição com a excelência acadêmica, mas também refletem a importância crescente da sustentabilidade e inovação na área, preparando os alunos para enfrentar os desafios do futuro com habilidade e visão.

 

* Texto: Grupo PET-DPCFC