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Mães de ouro: conheça a história da Marcella e suas princesas


Publicado em 04/05/2021, por Bruna D'Ângela.

Para contextualizar essa linda história é preciso voltar 7 anos atrás, quando o casal Marcella e Fellipe decidiram aumentar a família, já era um sonho desde o casamento em 2010, mas após algumas tentativas, resolveram optar pela adoção. Depois de uma série de processos exigidos pelos órgãos competentes, e vários meses de espera, enfim foi habilitado ao casal adotar uma criança. Em fevereiro de 2017, o telefone apitou – era uma mensagem que foi enviada no grupo de Whatsapp exclusivo sobre adoção chamado ALEGRAA, informando que tinha uma criança com a idade e as caraterísticas que foi informado no cadastro técnico, este momento é emblemático na vida dos casais na fila da adoção. Era uma menina de pouca idade, mas que já trazia uma história de vida com muitas adversidades.

Mas era do jeitinho que Fellipe sonhou, relata Marcella, quando fomos questionados se aceitaríamos crianças negras, meu marido teve um sonho acordado, onde via uma menina com cabelo afro e uma flor enfeitando as madeixas.

Fez acompanhamento com diversos profissionais de saúde e uso de alguns medicamentos, muitos desafios, mas com amor e perseverança a florzinha Yasmin está crescendo e ganhando força e saúde. Com 2 aninhos brilhava na igreja e na escola nas apresentações musicais e teatrais, que faziam a família suspirar de emoção, conta a mãe emocionada.

Em 2019 com a perda do avô materno, Yasmin fez um pedido a Jesus e depois desabafou com a mãe, queria um irmão para lhe fazer companhia. E, desde então, todas as noites ela pedia ao papai do céu um irmão, sem ninguém sugerir. Era um sonho dela e ela sabia bem o que queria.

           (Pai da Marcella Edson Maia e Yasmin com 2 anos)

2020 um ano conturbado pela Pandemia, as crianças em casa, sem contato com os coleguinhas, com aulas online, Yasmin sempre lembrava de seu desejo, de ter um irmão, um dia foi questionar a mãe se Jesus tinha esquecido dela, e a mãe carinhosa e paciente tentou explicar que tudo e na hora de Deus, ele decide o momento de recebermos a graça.                                           

E no final de outubro do mesmo ano, um dia antes do aniversário dela, recebemos uma mensagem no mesmo grupo, a informação era de um bebê que tinha implicações de saúde e com necessidads especiais e estava à procura de uma família que lhe acolhesse. E ao ver o vídeo daquela menina linda, deitada em um berço minúsculo, os olhares se cruzarem a ali nasceu um amor, foi a resposta de nossas orações e a realização de mais um sonho, lá estava Talita, menina doce e com personalidade, que em breve faria parte da família Maia Silva.

“Nesse mês das mães a mensagem que deixo aos que sonham com a adoção, sob a ótica da nossa experiência, é que nossas filhas não tem rótulos, por elas sempre faremos nosso melhor, são dois presentes na nossa vida. A minha vontade de ser mãe era maior do que qualquer coisa. Além de ser um sonho realizado, nós simplesmente recebemos nossas filhas com coração, mente e corpo prontos para sermos pais, para amar, para cuidar, para superar juntos e em amor” Finaliza Marcella.

                             (Talita, Fellipe, Yasmin e Marcella)

Segundo a Agência Brasil atualmente 4,9 mil crianças e adolescentes aguardam adoção. A legislação brasileira define critérios para que pessoas interessadas adotem. Cada estado apresenta sua especificidade no processo, mas alguns pontos são comuns. O primeiro passo para quem quer adotar é procurar a Vara de Infância e Juventude da sua região. Lá, a pessoa obterá informações específicas sobre o processo na sua comarca e recebará uma lista de documentos que os interessados devem providenciar para dar entrada no processo.

Existem grupos em redes sociais que facilitam a comunicação e divulgação das adoções. Um deles e o Busca ativa, a ideia central  é conseguir famílias para crianças, em vez de crianças para os pais, desta maneira é possível efetivar as adoções necessárias, em geral, de crianças mais velhas, com deficiência, doenças crônicas ou grupos de irmãos.

Saiba mais informações através do site https://www.adocoesnecessarias.org/busca-ativa

Facebook AlegriAA - Grupo de Apoio à Adoção em Jacareí

*Alguns trechos dessa matéria fazem parte do livro “Nossas histórias de adoção” da editora Roda da Kika