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Mãe solo: conheça a história da professora Ana Lúcia e seu filho Bernardo
Publicado em 11/05/2021, por Bruna D'Ângela.
Ser mãe não é uma escolha para todas as mulheres, mas muitas se sentem realizadas nessa incrível função. E uma mãe solo acumula as responsabilidades da maternidade sozinha. Além de dedicar, tempo e amor em dobro, as preocupações com a criação e educação dos filhos são inúmeras e expõem a força de mulheres que optaram (ou não) por serem mães solteiras.
“Ele é a resposta de que Deus existe”. É assim que a professora Ana Lúcia, mãe de Bernardo de 12 anos, descreve a grande realização em sua vida: o nascimento do filho. Mesmo com todas as dificuldades em cuidar dele sozinha, consegue conciliar o trabalho e suas obrigações de mãe. Ser mulher e mãe solo nesse país é resistir e ser resiliente. “Tive muito apoio da minha família quando engravidei, ampararam-me e me acompanharam do início ao fim. Minha família é o meu alicerce”.
Segundo pesquisa em 2020 do Instituto Data Popular, o país tem mais de 20 milhões de mães solteiras. O termo mãe solo vem ganhando popularidade e, cada vez mais, substituindo a “mãe solteira”. Ser mãe não é sinônimo de estar em um relacionamento estável. Além disso, uma família composta apenas pelos filhos e pela mãe é tão completa quanto qualquer outra. O artigo 226 da Constituição Federal Brasileira de 1988, afirma: “entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes”. Sendo assim, qualquer família composta por pai ou mãe solo possui os direitos familiares assegurados pelo Estado.
Essa é a realidade de muitas mulheres, inclusive em nossa cidade. Segundo o IBGE, mães são chefes de família em mais de 40% dos lares brasileiros. Ana Lúcia se orgulha disso e nos relata: “fui me descobrindo como mãe, errando e acertando, encontrando os meios adequados para ficarmos bem. O Bernardo veio para minha vida como uma espécie de salvação, encheu minha vida de sonhos, deu sentido e garra para alcançar meus objetivos. Somos grandes amigos e apesar dele ser um adolescente, ele me surpreende muito com a maturidade que tem. Enfim, somos parte um do outro, e acredito que mesmo depois que ele escolher o caminho a percorrer, sempre estaremos em uma grande sintonia. Meu filho, meu tudo, eu te amarei sempre!”
Celebremos essas heroínas! Um salve a essas guerreiras, nossas mães solo!