Cidade
Os desafios e as recompensas da maternidade antes dos 20 anos
Publicado em 26/05/2021, por Bruna D'Ângela.
Mulheres que vivem a maternidade ainda jovens, na maioria das vezes, de forma inesperada e sem planejamento, superam vários tipos de dificuldades. Esperada ou não, a notícia de uma gravidez é sempre um choque emocional para qualquer mulher.
Assim aconteceu com Helen de 33 anos, natural de Santa Rita, mas que mora em Ouro Branco a 9 anos, quando descobriu as 18 que estava grávida de Dayanne, que hoje tem 14 anos. “Engravidei sem saber nada da vida, quando descobri a gravidez eu achava que seria como brincar de boneca, nasceu uma bonequinha que eu amava cuidar, dava banho, trocava a roupinha, mas a responsabilidade foi crescendo, era mãe solteira, adolescente, tive que parar de estudar para cuidar dela.” Minha menina linda, agora uma mocinha, me ajuda muito e me enche de orgulho, sempre meiga e dedicada.
Os anos se passaram e Helen se casou, foi quando planejou ser mãe novamente, agora com mais responsabilidade, e com a estabilidade de um companheiro ao lado, foi quando ela descobriu que não ovulava mais e que teria de fazer um tratamento pra ter outro filho então começou a luta. Ele relata que o tratamento foi em Belo Horizonte, tudo muito caro, descobri que tinha risco da Trombofilia - que é a tendência ao surgimento de trombose, se eu engravidasse correria o risco de aborto, mas arriscamos e conseguimos, foi tudo maravilhoso.
Na primeira ultrassom apresentou a gravidez gemelar, na segunda um embrião desenvolveu perfeito, estava evoluindo muito bem e o outro foi absorvido pelo organismo, comecei a tomar o medicamento e duas injeções todos os dias para prevenção da Trombofilia, mas nada era 100% seguro, os dias foram passando e meu bebê vencia cada etapa, relembra Helen, foi até às 39 semanas, assim nasceu o Arthur, perfeitinho e saudável, nos trouxe muita alegria.
Mas o destino às vezes planeja certas coisas difíceis de acreditar, com o passar do tempo, em torno de 8 meses após o nascimento do Arthur, em uma consulta, o médico pediu exames de rotina, quando retornei com os resultados alguns deram alterados e ele pediu uma ultrassom, porque estava desconfiando que eu poderia estar grávida, conta Helen, não acreditei, porque não tinha chances de ter outro bebê sem antes fazer outro tratamento. Fui fazer a ultrassom, achei estranho, pois não engordei, não senti mal estar nenhum, estava em uma rotina de vida normal, trabalhando, meu marido também não acreditou, mas quando na ultrassom eu vi o bebê perfeitinho já com 790 gramas, eu estava grávida mesmo e de 30 semanas, quase 7 meses. Logo perguntei se estava tudo bem com o bebê, e como estava tudo tranquilo já comecei o pré natal, já quase no final da gestação, sem nenhuma queixa ou risco da Trombofilia. Já não dava pra fazer nada porque o pior já tinha passado, que era o primeiro trimestre da gravidez. Com a cesárea recente de 1 ano e meio nasceu o Pedro com 39 semanas, perfeito e saudável.
Mas surpresa só é surpresa quando você não está esperando né, foi um presente de Deus ser mãe, pra mim foi tudo maravilhoso que aconteceu, desde o nascimento da Dayanne hoje com 14 anos, do Arthur com 2 anos e do Pedro de 3 meses. Não tenho nada a reclamar, somente a agradecer a Deus por tudo, tenho filhos maravilhosos. Precisamos acreditar na força e na capacidade que temos de dar novos sentidos à vida. E a maternidade é a oportunidade mais sublime que poderiam ter.