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Influenza x Covid-19: Infectologista alerta para semelhança de sintomas e destaca importância da testagem

Sintomas semelhantes dificultam diagnóstico


Publicado em 17/12/2021, por Júlia Amorim.

O aumento nos casos de gripe vem preocupando as autoridades de saúde. O “surto” fora de época acontece no momento da chegada da ômicron, a nova variante do coronavírus. Diante disso, fica a dúvida: como saber se estou gripado ou com Covid-19? 

“A gripe é mais comum, neste momento, no hemisfério norte devido ao inverno. Por aqui está atípica. Na Europa temos a predominância da cepa H3N2 Darwin e ela chegou ao Brasil, provavelmente, pelo turismo”, diz o médico infectologista Leandro Curi. 

A cepa da Influenza citada pelo especialista certamente chegaria ao Brasil, no entanto, não esperava-se que isso acontecesse por agora. “Geralmente vem no meio do ano. Só que ela já está entre nós e predomina”.

Quem se vacinou neste ano contra a gripe, também está mais vulnerável a se infectar com este vírus. “A vacina da gripe que tomamos não tinha a proteção para esta cepa, ou seja, quem se imunizou não está protegido contra a H3N2 Darwin”, explica Curi.

Aumento nos casos
Segundo a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), até agora, houve um aumento de 36% nos diagnósticos feitos em unidades de saúde em relação a 2020.

No ano passado, foram realizados cerca de 273 mil atendimentos por doenças respiratórias nos centros de saúde, conforme dados da prefeitura. Já entre janeiro e 14 de dezembro de 2021, foram cerca de 373 mil atendimentos.

Sintomas
Um dos cuidados que os pacientes precisam tomar é com relação aos sintomas, já que os da gripe e da Covid são parecidos. “Até a variante delta, era muito claro os sintomas clássicos do coronavírus. Agora, com a ômicron eles se confundem com o de resfriado”.

Dor no corpo e na garganta, mal estar e febre são algumas indicações parecidas das mesmas doenças. “As autoridades de Saúde e os profissionais vão ter dificuldade de diferenciar as doenças. A única diferença maior é que a gripe tem sintomas de dois a três dias, já a Covid pode levar até duas semanas”, ressalta o médico.

O recomendável é buscar atendimento médico assim que os sintomas aparecem. “Para cravar o que a pessoa tem, somente fazendo teste do swab. É preciso fazê-lo para que haja o diagnóstico certeiro”.

Recomendações
Enquanto a pessoa não sabe ao certo o que tem, alguns cuidados precisam ser tomados. “Seja qual for o problema respiratório, procure ficar em isolamento, evite contatos e, principalmente, use máscara. Agora, a desculpa é dupla para usá-la: gripe e Covid”, finaliza Curi.

Fonte: BHAZ