Na última sexta, dia 11, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) comunicou que a partir de agora, nas próximas remessas das vacinas distribuídas do Estado para os Municípios, as mineiras, grávidas e que recentemente deram à luz, serão vacinadas entre os públicos prioritários.

O assunto, que gerou manifestações nas redes sociais e muitas discussões, foi votado e aprovado por membros da secretaria de Saúde, da Coordenação de Materno Infantil, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Segundo a nota “Os imunizantes utilizados para este grupo não devem conter vetor viral por medida de segurança. Desta forma, segundo Baccheretti, secretário do SES, assim que novas remessas da Pfizer e da CoronaVac forem destinadas ao estado, estas mulheres poderão ser imunizadas.”

A Secretária de Saúde de Ouro Branco, assim como os demais Municípios, ainda não recebeu as doses destinadas a este grupo. No momento estão abertos os pré-cadastros para portadores de comorbidades e pessoas que trabalham no setor de transportes. A Secretaria Municipal afirma, ainda, que assim que as doses forem recebidas, as informações serão publicadas nos canais de comunicação da PMOB.

Contextualização

Para entender a discussão, uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford com 2 mil mulheres, concluiu que as taxas de mortalidade para essas mulheres é até 20 vezes maior. O estudo constatou também que os casos em que bebês de mães contaminadas durante a gravidez nascem, também contaminados, chegam a 11,5%. Além disso, as chances de partos prematuros também crescem consideravelmente.

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que “puérperas e lactantes pertencentes aos grupos prioritários devem ser vacinadas normalmente com qualquer uma das vacinas” e acompanhadas pelo médico responsável pelo pré-natal. Em outro momento importante, pesquisadores da UFMG identificaram, até abril, 68 casos de bebês que nasceram com anticorpos da doença.