Entretenimento
Indicações de leitura, especial para o Dia internacional da mulher
Livros inspiradores, escritos por mulheres para marcar essa data
Publicado em 08/03/2022, por Bruna D'Ângela.
Nesse dia da mulher 08 de março é mais que uma data simbólica, um dia para refletir sobre o longo caminho que as mulheres trilharam na luta por direitos e sobre os desafios enfrentados por elas até hoje.
Indico alguns livros para ajudar nessa reflexão, são histórias escritas por elas, leituras que contribuem para o debate sobre a luta das mulheres. Se hoje podemos ler, estudar, trabalhar, votar, dirigir, foi graças a luta constante do Feminismo.
1 - Lute como uma garota: 60 Feministas que Mudaram o Mundo", de Laura Barcella e Fernanda Lopes
Estamos vivendo novos tempos: a discussão sobre os direitos das mulheres não se concentra mais em grupos específicos e a luta feminista amplia seu debate na sociedade. Da violência contra a mulher à cultura do estupro, uma série de questões é tema de conversas frequentes na mídia e nas redes sociais. Mas como chegamos até aqui? Quem nos ajudou nessa trajetória? Lute como uma Garota reúne o perfil de figuras importantes da militância feminista, abrangendo das pioneiras do século XVIII às estrelas pop dos dias de hoje, como Frida Kahlo, Simone de Beauvoir, Oprah Winfrey e Madonna, além de nomes essenciais da luta no Brasil, apresentando um pouco de nossa história. Com prefácio de Mary Del Priore, apresentação de Nana Queiroz e todo ilustrado, Lute como uma Garota mostra a força das mulheres.
2 - Chapeuzinho Esfarrapado: E outros contos feministas do folclore mundial
Crescemos lendo contos de fadas em que as mulheres são figuras frágeis, sempre dependentes de proteção e ajuda. Este livro reúne vinte e cinco histórias folclóricas de várias partes do mundo que mostram que não é nada disso: as mulheres podem - e devem! - ser as heroínas, donas dos próprios destinos.
3- Ponciá Vicêncio da Conceição Evaristo
A história de Ponciá Vicêncio descreve os caminhos, as andanças, as marcas, os sonhos e os desencantos da protagonista. A autora traça a trajetória da personagem da infância à idade adulta, analisando seus afetos e desafetos e seu envolvimento com a família e os amigos. Discute a questão da identidade de Ponciá, centrada na herança identitária do avô e estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a lembrança e a vivência, entre o real e o imaginado.
4- Maria Bonita: Sexo, violência e mulheres no cangaço, de Adriana Negreiros
A mulher mais importante do cangaço brasileiro, que inspirou gerações de mulheres, ganhou sua biografia mais completa e com uma perspectiva feminista. Embora a mitificação da imagem de Maria Bonita tenha escondido situações de constante violência, ela em nada diminui o caráter transgressor da Rainha do Sertão.
5 - Minha história, de Michelle Obama
Reconfortante, sábio e revelador, Minha história traz um relato íntimo e singular, dda ex-primeira-dama dos Estados Unidos, uma mulher com alma e consistência que desafiou constantemente as expectativas — e cuja história nos inspira a fazer o mesmo. Tradução de Débora Landsberg, Denise Bottmann e Renato Marques.
6 - Explosão feminista, organizado por Heloisa Buarque de Hollanda
Fruto de extensa pesquisa, este livro-ocupação procura apontar de onde vem a força avassaladora do feminismo na última década e as mudanças pelas quais passou ao longo dos anos. Composto por múltiplas vozes, o volume busca mostrar pontos de convergência e divergência entre os muitos feminismos que compõem o cenário brasileiro atual.
7 - As mulheres devem chorar… ou se unir contra a guerra, de Virginia Woolf
Hoje considerada uma das mais importantes teóricas feministas, Virginia Woolf não podia deixar de figurar nesta lista. Três guinéus, o livro em que ela desenvolve o argumento de que existe uma estreita conexão entre patriarcado e militarismo, foi publicado, na Inglaterra e nos Estados Unidos, em 1938, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Nesse mesmo ano, a revista americana The Atlantic Monthly publicou, em duas partes, uma versão abreviada e reestruturada do livro. “As mulheres devem chorar” foi o título dado à primeira parte, enquanto o título da segunda o repetia, com um acréscimo: “As mulheres devem chorar… Ou se unir contra a guerra”.
8 – Eu sou Malala – a história da garota que defendeu o direito a educação
"Eu sou Malala" é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã. Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.
9- Vamos Juntas: o Guia da Sororidade para Todos - Babi Souza
Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas? Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado. Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.
10- Quem tem medo do feminismo negro? de Djamila Ribeiro
Um livro essencial e urgente, pois enquanto mulheres negras seguirem sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda corre perigo. Reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017.