Elizabeti Felix

Cosmovisão


Publicado em 19/04/2023, por Elizabeti Felix.

Essa palavra de acordo com o dicionário é “visão de mundo, um conjunto ordenado de valores, crenças, impressões, sentimentos e concepções de natureza intuitiva, anteriores à reflexão, a respeito da época ou do mundo em que se vive.” Exemplifica a maneira pela qual uma pessoa enxerga ou interpreta qualquer realidade.

Esse tema deu início quando um amigo me perguntou por mensagem qual era a minha cosmovisão em relação a um documentário de três partes sobre o Dilúvio, que trata também do apocalipse e que está à disposição no Youtube.

Na primeira parte eles abordam sobre como era a terra na época de Noé, com sua abundância, árvores gigantes e lugares permeados de pedras preciosas.   Atualmente muitos estudos científicos com artigos e imagens podem ser encontrados, canais de pesquisa como Tartária mostram antigas árvores gigantes em Monte Asgard, Evans Peak, Auyuittuq National Park e Baffin Island, no Canadá. Próximo ao Brasil -Autana- a árvore da vida, é um tepui espetacular localizado na floresta Amazônica, na Venezuela, parte do Escudo da Guiana.  Está 1.220 m (4.000 pés) acima do nível do mar. Também há livros e registros antigos que falam de uma terra que poderia ser imaginária ou não, mesmo hoje encontram-se registros de gigantes, animais e frutas petrificadas.

A vida humana foi esgotando os meios naturais e produtivos, a população cresceu de forma assustadora, buscando por meios materiais a felicidade, comungando com a corrupção e a violência. Todas essas mudanças transformaram o ser humano e a forma de ver a Deus, tornando-o crente na ciência e esquecendo sua essência divina.

Quanto ao dilúvio acredito que sim, houve. Não exatamente como dito. Mas também há estudos que levam a crer neste evento.

Conforme o documentário a terra passará pelo mesmo processo. Será mesmo?

Estamos perto, muito próximos de mudanças drásticas na Terra, que irá alterar toda sua estrutura, não exatamente o fim terreno ou o apocalipse, não penso assim.

Acredito que a Terra assim como outros planetas passam por evolução e transformação, sendo um organismo vivo e que gera vida, as mudanças são inevitáveis.

Este documentário ou série OS DIAS DE NOÉ “investiga os paralelos proféticos reveladores entre a mensagem de Noé e o livro do Apocalipse para descobrir como nunca antes, a Verdade sobre a Arca de refúgio no fim dos tempos e como entrar nela. Essas profecias, como o Anticristo, a Marca da Besta e outras, deixaram muitos confusos sobre os eventos que estavam por vir, mas vistos através da história de Noé e do dilúvio, esses eventos do fim dos tempos são colocados em foco”. Todas as informações são interessantes e infelizmente floreadas por crenças, mantidas por gerações atravessadas por frases bíblicas e religiosas.

Haverá dilúvio? Realmente estamos vivenciando os últimos dias e o apocalipse?

Na minha opinião não haverá um dilúvio em toda terra, mas haverá nascimento de continentes e desaparecimento de outros. Novamente a Terra florescerá e emergirá um novo mundo, mais limpo e fresco, mais escasso de humanos.

Segundo relato, na época de Noé a Terra tinha uma população muito menor e também estava passando pela putrefação dos costumes e das crenças, pela idolatria de falsos deuses e a ignorância da fé, as mudanças deveriam acontecer, para renovação.

Hoje estamos nesta época? Impossível afirmar.

De fato, há muitas mudanças no clima, na natureza, nos animais e nos homens. A violência, a corrupção, as idolatrias, as perseguições e a pobreza estão moldando uma sociedade serviu. E o que devemos fazer? Um abrigo? Técnicas de sobrevivência? Voltar para a natureza?

Para esses seres humanos modernos, inteiramente apegados a matéria, a morte seria o fim.  O medo desta passagem pode se tornar uma inútil tentativa de salvar-se por meios nada eficazes, com recursos e prazos inadequados a realidade.

Por outro lado, penso que nesta época devemos nos compreender, buscar conhecer a nós mesmos, a nossa centelha divina. Encontrar Deus em nós e perceber quem somos. Uma cosmovisão implica diretamente na vida do ser. Qual é a sua?

Há um tempo que deixei de me preocupar e seguir temas com essa proposta, eles me faziam mal e eu ficava imaginando um futuro que talvez não vivenciasse, de uma forma totalmente absurda de sofrer antecipadamente.

A natureza é sua própria mestra, ela sempre encontrará um meio de se transformar. Não somos necessários a ela, ao contrário, nós somos dependentes dela.

Mesmo que estivesse acontecendo um apocalipse, não poderíamos fazer nada, a não ser cuidarmos de nossa consciência e evolução.

Não há um Noé entre nós.

Há sim, falsos profetas, notórios cidadãos de “bem”, que se aproveitam do momento para estar em evidência e ganhar poder, impregnando de medo e pesadelos muitos de nós.

Somos nossos próprios mestres, cabe unicamente a cada um encontrar seu caminho no meio dessa tempestade.

Vivemos uma época em que a vida humana vale quase nada, sendo utilizada como meio de troca. Onde o aborto é tratado de forma fria e indiferente, onde os bons costumes e a moralidade se tornaram passado e as crianças crescem tendo exemplos de experiências sexuais, drogas e que não há nada de errado em pornografia e pedofilia, num mundo sem Deus.

Essas experiências infelizes afastam o ser humano da sua própria divindade, dificultando assim o entendimento da espiritualidade e a certeza da eternidade. Não há medo quando não há morte, o entendimento e as práticas espirituais transmutam.

Viva cada dia, use a ignorância do amanhã para sonhar, realizar planos e acreditar.

Invista em você, na sua consciência e evolução, compreenda que o discurso do dilúvio e do apocalipse possa ser apenas sinais para que faça sua mudança.

Muitas vezes sofremos por não termos respostas, sendo que elas estão dentro de nós.