Elizabeti Felix
Evidências da vida após a morte - Parte 1
Publicado em 01/02/2024, por Elizabeti Felix.
Evidências ou especulação filosófica e religiosa da vida após a morte?
Poderia ser especulação, mas mesmo para quem não acredita, abordaremos evidências científicas e estudos sobre o tema de forma acadêmica, com referências e informações atuais de como temos evoluído neste assunto.
Há pelo menos 150 anos a ciência investiga a veracidade da vida da consciência após a morte do corpo físico, principalmente reconhecendo a importância da dimensão religiosa e espiritual para a saúde. Esses estudos têm se diversificado nos meios acadêmicos e tornado estudos e defesas de teses científicas.
Atualmente podemos citar um estudo que se tornou livro, escrito pelos psiquiatras Alexander Moreira-Almeida e Marianna Costa e pelo filósofo Humberto Schubert Coelho, todos eles do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Faculdade de Medicina da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Denominado “Ciência da vida após a morte”, o livro traz informações e evidências científicas da vida após a morte. Em uma de suas entrevistas sobre o tema do livro (https://www.youtube.com/watch?v=gNjRLNGyyk), ele defende a sobrevivência da consciência, onde diz que em todas as culturas têm o entendimento sobre a alma, consciência, espírito e vida após a morte, que as especulações filosóficas e religiosas hoje possuem evidências científicas. Segundo ele, quanto maior o nível de escolaridade, maior a crença da vida após a morte, se as pessoas não aceitam as evidências, deveriam pelo menos avaliar. Hoje a neurociência prova que o cérebro gera a consciência.
Um outro estudo conduzido pela Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, feito com 3.192 pessoas, que reuniu grupos para dividir suas experiências a respeito, até mesmo usuários de drogas psicodélicas. Esse estudo foi publicado em 24 de agosto de 2022 na revista PLOS ONE. Os resultados são consistentes com vários ensaios clínicos recentes que mostram que um único tratamento com a psilocibina psicadélica produziu diminuições sustentadas na ansiedade e na depressão entre pacientes com diagnóstico de cancro com risco de vida. O que resultou em aumentos significativos nas classificações de aceitação da morte, bem como reduções na ansiedade sobre a morte.
Se a consciência sobrevive à morte biológica, a constatação deste fato, se observado sem vieses, pode ser verdadeiramente uma revolução, desde o nível científico, médico, social e até forense! Imagine uma humanidade que possa contatar pessoas assassinadas e obter informações diretas sobre os suspeitos, levando-os à punição adequada?
E pelo que consta, os fenômenos ligados à continuação da consciência após o fim da atividade cerebral estão sendo cada vez mais investigados pela ciência, com descobertas irrefutáveis como as realizadas pelas pesquisas sobre experiências de quase morte (EQM).
No Reino Unido, cientistas da Universidade de Southampton, trabalharam por mais de quatro anos examinando mais de duas mil pessoas que sofreram parada cardíaca (Reino Unido, Estados Unidos e Áustria), das 330 sobreviventes, 40% conseguiram relatar o que perceberam enquanto seu coração estava sem atividade. Elas continuavam em consciência enquanto assistiam as atividades de médicos e enfermeiros e relataram em detalhes esses acontecimentos.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, a morte é resumidamente, "a permanente e total perda das funções cerebrais". No Canadá foi registrado um paciente que apresentou atividade cerebral por mais de 10 minutos após ser oficialmente declarado morto. No entendimento mais atual, compreendemos que a morte é a ruptura entre a “consciência e o corpo”, então, a lógica e a razão nos diz que o que acontece é a morte física, mas não da consciência.
Se ainda há muito para saber, o desempenho da ciência não deve rejeitar cegamente esses fenômenos e sim procurar explicá-los adequadamente de modo que, um dia, possamos torná-los algo prático e útil, à serviço da humanidade e suas carências e deficiências.
No próximo mês vem segunda parte.
Agradeço a supervisão do Professor Doutor Apolo, da ABRACONESP® – Academia Brasileira de Conscienciologia e Espiritualidade, onde estou tendo a oportunidade de ter uma formação e conhecimento a partir de quatro dimensões principais: científico, filosófico, religioso e empírico.